terça-feira, 3 de abril de 2012

Golfinhos e baleias seriam “pessoas não humanas”



Pesquisadores que participaram de um simpósio organizado durante a reunião 
anual da Sociedade Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), em Vancouver, 
no Canadá, mostraram evidências de que cetáceos, como golfinhos e baleias, 
têm consciência de si mesmos, característica que até pouco tempo era 
considerada exclusivamente humana. 

Ou seja, esses animais possuem um comportamento complexo e sentem dor (não 
apenas física, mas também emocional). 

Nos últimos anos, diversos trabalhos de pesquisa científica demonstraram 
que os golfinhos têm muitas características que os assemelham aos seres 
humanos, tais como o uso de nomes próprios e um cérebro complexo que 
permite resolver problemas, além da já citada autoconsciência. 
Por conta disso, os cetáceos poderiam entrar em normas éticas para a 
proibição de sua caça, cativeiro ou posse. Assim, desde 2010, fala-se em 
uma “Declaração Universal dos Direitos dos Cetáceos”. 

Para dar mais ênfase às afirmações dos cientistas, o espanhol 
ABCcitou o livro "Em defesa dos golfinhos, a nova fronteira moral", do 
filósofo Thomas White. 

Na obra, ele escreve que “a evidência científica agora é forte o suficiente 
para apoiar a alegação de que os golfinhos são como os seres humanos, 
autoconhecedores, seres inteligentes, com emoções e personalidades. 
Assim, os golfinhos devem ser considerados como pessoas não humanas, sendo 
valorizados como indivíduos. Do ponto de vista ético, as lesões, mortes e 
cativeiro são algo errado”. 

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