quinta-feira, 29 de março de 2012

Origens e mentiras - Halloween

O Dia das Bruxas nasceu há séculos como uma festa pagã em homenagem aos mortos. Alertou para a existência de um mundo de espíritos e fantasmas.

É um dia de quebrar as regras, quebrar barreiras e as pessoas fantasiarem-se. Seguiu-se  o costume de no Dia das Bruxas as pessoas irem de porta em porta e pedirem  presentes, ritual este vindo de  antiga  raiz da Idade Média, quando na noite de 31 de outubro assim o faziam. Durante a Grande Depressão, tornou-se uma festa (Halloween) com conteudo violento e destrutivo com as autoridades tendo que intervir para evitar vandalismo em grande escala que ocorriam em cidades de todo o país (EUA).

Hoje, o ritual de "trick or treat" gera 2.000 milhões de dólares (cerca de 1.443.000 €) em vendas de doces a cada ano. Mas não importa como você irá esculpir abóboras ou quantas crianças vão gritam "Trick or Treat" porque o Halloween não é para maiores  sustos.

Entrevista antiga com o ufólogo Ademar José Gevaerd



Entrevista com o ufólogo Ademar José Gevaerd


Ademar José Gevaerd é editor da revista "UFO", publicação do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), entidade da qual também é fundador e presidente. Gevaerd começou suas atividades na Ufologia ainda muito jovem, com 12 anos. Foi professor de Química até 1986, quando desistiu da área para dedicar-se exclusivamente à Ufologia. Ainda na década de 1980, foi convidado pelo Dr. J. Allen Hynek para representar no país o Center for UFO Studies (CUFOS). É diretor nacional da Mutual UFO Network (MUFON) e diretor para a América Latina do Annual International UFO Congress.


A. J. Gevaerd no programa Tendência

Parte 1 de 3


http://www.youtube.com/watch?v=S7gnXciB0kM

Parte 2 de 3

http://www.youtube.com/watch?v=Q_SNFz_Sb2g

Parte 3 de 3

http://www.youtube.com/watch?v=jqAkbE5vNgQ

Rapaz-íman deixa médicos sem explicação

Mais um exemplo de mau jornalismo, desta vez por parte da SIC, que no passado dia 9 de Julho promoveu o mistério do rapaz-íman do Brasil, Paulo David Amorim, que supostamente consegue colar objectos de metal ao seu corpo, fenómeno para o qual, diziam eles, “os médicos não têm explicação”. Não consegui encontrar o vídeo no site da SIC, no entanto encontrei o vídeo da Sky News onde fazem um trabalho idêntico.





A coisa que mais me irrita neste tipo de notícias é a tendência para as apresentar como se fossem pequenas curiosidades, que acabam sempre por terminar com uma aura de mistério no ar. Isto seria completamente desnecessário se tivesse sido feito algum trabalho de investigação. Contudo, desengane-se quem pensa que isto é feito por acaso: por um lado, o mistério convida o espectador ou leitor a fantasiar a sua própria explicação extraordinária, e por outro, não ofende as crenças pessoais de ninguém. Esta pode até ser a fórmula ideal para vender notícias, mas não me parece que seja uma forma de fornecer informação de qualidade.

Estas afirmações de poderes magnéticos paranormais não são nada de novo, o rapaz brasileiro é apenas o caso mais recente, só este ano é já o terceiro. O ilusionista James Randi, conhecido por oferecer um prémio de 1 milhão de dólares a quem conseguir provar a existência de qualquer fenómeno sobrenatural ou paranormal, lida com este tipo de disparates e fraudes há décadas (ver aqui e aqui). Estas pessoas “magnéticas” são normalmente indivíduos de ascendência asiática ou então crianças pré-adolescentes, e mais à frente vão perceber o porquê.

Em Fevereiro, um rapaz sérvio chamado Bogdan, tornou-se num fenómeno da Internet pelas mesmas razões. Os pais afirmavam que ele atraía talheres e até objectos não metálicos, como pratos e o comando da televisão, não podendo sequer aproximar-se de um computador por risco de este deixar de trabalhar. Pelo menos neste caso, a TVI decidiu chamar um professor do Instituto Superior Técnico para verificar se aquilo era ou não fisicamente possível.




Em Maio, Ivan Stoiljkovic, um rapaz croata de seis anos, teve também também a sua oportunidade para deslumbrar pessoas facilmente impressionáveis com os seus dotes “magnéticos”. Mas para além de atrair talheres, telemóveis e até frigideiras, Ivan possui ainda poderes curativos “inexplicáveis”, tendo curado a dor de barriga do avô e a dor na perna de um vizinho que sofreu um acidente de tractor. Fascinante! Eu prevejo um futuro brilhante para este jovem, quer seja na medicina ou na área da restauração.



Mas o que se passa realmente aqui?

    Isto não tem nada a ver com magnetismo. Como é possível observar pelas imagens, eles colam ao corpo objectos que nem sequer são metálicos, como por exemplo os pratos. E por algo ser metálico não significa necessariamente que seja magnético, a maior parte dos talheres são feitos de aço inoxidável não-magnético. A única coisa que os objectos possuem em comum é o facto de terem uma superfície lisa. Além disso, os objectos nunca são vistos a serem atraídos pelo corpo, em vez disso, são colados um a um.
    As pessoas “magnéticas” possuem pouco ou nenhum pêlo corporal. Existe uma razão para o facto da maioria das pessoas “magnéticas” serem de ascendência asiática ou crianças pré-adolescentes – pouco ou nenhum pêlo corporal. Este é um pormenor importante pois os pêlos reduzem a fricção entre os objectos e a pele, tornando mais difícil a sua aderência.
    O “magnetismo” só funciona numa determinada posição. Nas imagens eles permanecem sempre perpendiculares ao chão, isto quando não são vistos a inclinar-se ligeiramente para trás. Se realmente existisse magnetismo ou uma outra força atractiva qualquer, eles deveriam poder inclinar-se para a frente, sem qualquer problema, com os objectos colados ao peito. Em adição a isso, é também de notar que todos os rapazes possuem uma barriguinha que confere um apoio extra para os objectos mais pesados.
    O segredo é não tomar banho. O que se passa aqui é que os objectos estão simplesmente a aderir à pele, devido ao sebo produzido pelas glândulas sebáceas, isto conjugado com a falta de pêlos e uma certa dose de equilíbrio é o suficiente para explicar este “mistério paranormal”.

Testar esta gente é bastante fácil: Se existisse realmente uma força atractiva, então não existe motivo algum para que os objectos se colem apenas à pele nua. Um magnetismo assim tão forte deveria funcionar inclusive através de uma t-shirt. Se mesmo assim preferirem fazê-lo em tronco nu, existe sempre a hipótese de besuntá-los em óleo ou polvilhá-los com pó de talco. E em último recurso, correndo o risco de parecer demasiado radical, porque não um bom banho?!


Fonte - http://astropt.org - por

terça-feira, 27 de março de 2012

Zecharia Sitchin, Sumérios, Anunnaki e Nibiru

Zecharia Sitchin, Sumérios, Anunnaki e Nibiru


Excerto do documentário "Gigantes: Mistério e Mito". Clique AQUI para assistir ao documentário completo.


http://www.youtube.com/watch?v=9zhTCoWETCE

Pesqueiro à deriva desde tsunami no Japão chega à costa oeste do Canadá


Um barco pesqueiro à deriva desde o tsunami seguido de terremoto ocorrido no Japão em março de 2011 apareceu próximo da costa do Canadá, afirmaram as autoridades neste sábado.

Uma inspeção aérea sugeriu que não havia ninguém a bordo, segundo declarou à AFP a porta-voz da representação do Ministério de Transporte do Canadá, Sau Sau Liu.

O barco, de 65 metros, foi visto na terça-feira por um avião das forças canadianas numa operação de rotina da patrulha de vigilância, e seu proprietário japonês foi informado do facto, afirmou a Transport Canada.

Uma foto militar mostra o barco, oxidado, mas intacto, flutuando a 278 quilómetros da costa leste das ilhas Haida Gwaii, 1500 quilómetros ao norte de Vancouver.

"O barco é considerado uma obstrução para a navegação", afirmou a Transport Canadá em comunicado, completando que a embarcação está sendo vigiada.

O barco é o primeiro e o maior objeto a cruzar o Oceano Pacífico até a América do Norte desde o devastador terremoto e tsunami ocorrido no Japão em 11 de março de 2011.

Perto das ilhas Midway, na região mais profunda do Pacífico, um barco russo encontrou intacto um pequeno navio japonês de Fukushima no último outono do Hemisfério Norte, junto a objetos como televisores e outros electrodomésticos, segundo informou a universidade do Havaí.

Os investigadores oceânicos do Havaí estão a examinar os destroços do tsunami, previstos para alcançar o oeste da América do Norte no início do ano que vem.

No início deste mês, a British Columbia (oeste do Canadá) e os estados do oeste dos Estados Unidos - Washington, Oregon e Califórnia - assinaram um acordo para coordenar a gestão dos destroços causados pelo tsunami quando estes alcançassem a costa, e para devolver os objetos de valor sentimental ao Japão.

A expectativa era que o barco pesqueiro encontrado esta semana chegasse à costa daqui a apenas 50 dias, segundo um comunicado de Maria Cantwell, senadora americana interessada em questões marinhas.

fonte: Yahoo!

O maior achado arqueológico das últimas décadas na China



Arqueólogos chineses desenterraram quase 3000 estátuas de Buda na província de Hebei, norte da China, na maior descoberta arqueológica do género registada no país nas últimas décadas, anunciou hoje a agência noticiosa oficial chinesa.
As 2895 estátuas e fragmentos foram encontradas em janeiro passado em Yecheng, um antiga localidade com 2500 anos de história, disse o chefe da equipa de arqueólogos, He Liqun.
Foi a maior descoberta do género desde a fundação da Republica Popular da China, em Outubro de 1949, indicou o especialista, que é membro da Academia Chinesa de Ciências Sociais.
As estátuas, a maioria das quais de mármore e pedra azul, foram encontradas num poço com um metro e meio de profundidade e três metros de largura.
Os arqueólogos admitem que as peças datarão do século VI, quando o budismo era muito popular em Yecheng, cidade que já tinha servido de capital durante o período conhecido como Três Reinos Combatentes (século III) e que pertence agora à vila de Linzhang.
Algumas estátuas estão pintadas de dourado e as dimensões variam, "desde 20 centímetros ao tamanho natural de uma pessoa", indicou um funcionário do património cultural de Linzhang, citado pela agência noticiosa oficial chinesa.
Segundo a mesma fonte, uma companhia local já se dispôs a investir 10 mil milhões de yuan (1,2 mil milhões de euros) para "criar um parque cultural budista" em Linzhang, com um área de 107 hectares, o que, "além de proteger as relíquias" agora descobertas, irá "desenvolver o turismo" na região.

fonte - http://www.jn.pt

Mar do Diabo


Quando o Triângulo das Bermudas esteve em moda na década de 1970, vários escritores argumentaram que aquela fabulosa região de aviões e navios perdidos tinha a sua correspondente na costa leste e sudeste do Japão, lugar do "Mar do Diabo", onde os ditos desaparecimentos aconteciam tão rápido que as naves em perigo sequer tinham tempo de pedir socorro.

Como ocorreu no caso do Triângulo das Bermudas, especulou-se que por trás dos desaparecimentos estavam as anomalias magnéticas e gravitacionais do tempo-espaço, ou então seqüestradores extraterrestres, e até, segundo a teoria proposta por Ivan T. Sanderson, uma raça submarina inteligente que habitava a Terra. Dizia-se também que o governo japonês estava alarmado com a situação. 

Fontew - publicado por J.F




Objeto não identificado com 200 kg cai em floresta na Sibéria


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Um objeto não identificado com 200 kg e em forma de "u" caiu em uma floresta na Sibéria, Rússia, no domingo (18), segundo o jornal "Telegraph". A procedência, ainda não identificada, será investigada por especialistas russos.

Segundo a Roscosmos, a agência espacial russa, o objeto não é uma peça de foguete ou de míssil. "O objeto encontrado não está relacionado a tecnologia espacial. Uma conclusão final poderá ser feita após um estudo detalhado realizado por especialistas", afirmou a agência.

Parte do fragmento é feita de titânio resistente, de acordo com o Departamento de Defesa Civil e Situações de Emergências da cidade siberiana. O objeto é aberto, o que permite ver seu interior, que está vazio. Níveis de radiação foram medidos e indicaram que ele não oferece riscos.

O objeto foi retirado da mata por moradores de Otradnesnky com a ajuda de um trailer. Na cidade, ele foi mantido em segurança por forças policiais locais, sob ordens de autoridades mantidas em sigilo, de acordo com o "Telegraph".

segunda-feira, 26 de março de 2012

DÄNIKEN NO BRASIL

Erich Von Däniken,  Autor do Best Seller “Eram Os Deuses Astronautas?”, 
fará conferências no Brasil em Abril. 
O suíço Erich Von Däniken (76) é autor do best-seller Eram os Deuses 
Astronautas? Livro que 
ficou famoso nos anos 1970 ao descrever como hipótese a suposta vinda de 
seres extraterrestres 
como sendo os deuses que visitaram o planeta Terra no passado. Däniken 
passou a ser considerado 
um dos escritores mais reconhecidos mundialmente, chegando a lançar 28 
livros, todos traduzidos 
para 32 línguas, vendendo mais de 62 milhões de exemplares. 
Seu interesse em desvendar enigmas históricos começou quando passou a ler 
escritos indianos 
antigos que falavam de seres vindos do céu em suas máquinas de fogo, em 
meio a fumaça e ruídos. 
A partir daí, Däniken começou a se questionar: se nossos antecedentes 
mencionavam esses seres 
estelares que nos visitavam como não sendo deuses, o que seriam então? Ao 
longo dos anos, 
Däniken lançou seu primeiro best-seller, “Eram os deuses astronautas?". 
Em abril de 2012, Erich Von Däniken estará no Brasil fazendo conferências 
nas cidades de 
Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Blumenau, Rio de Janeiro e São Paulo. O 
tema escolhido 
será o mesmo de seu mais recente livro lançado pela Editora Idea, 
“Crepúsculo dos Deuses – O 
Calendário Maia e o retorno dos Extraterrestres”. 
Däniken, também vem ao Brasil trazer seu apoio para a Campanha “UFOs: 
Queremos Ouvir a 
ONU”, idealizada pelo Instituto Galileo Galilei – IGG, entidade 
organizadora do evento, e que 
pretende levar o tema UFO para ser novamente discutido na Organização das 
Nações Unidas – 
ONU. 
Informações e Inscrições sobre o roteiro de conferências de Däniken no 
Brasil estão no site 
www.eramosdeusesastronautas.com.br ou através do fone (41) 3016-0809 

Entrevista com o ufólogo Paulo Aníbal


TV Fato entrevista o ufólogo Paulo Aníbal

Entrevista concedida pelo ufólogo Paulo Aníbal ao programa Blog, da TV Fato.


Parte 1 de 3

http://www.youtube.com/watch?v=kRcbhyD_2UU

Parte 2 de 3

http://www.youtube.com/watch?v=Px657Ytn5aU

Parte 3 de 3

http://www.youtube.com/watch?v=lqk--6XwrzY

Como a ciência explica os pressentimentos

Você vê um amigo de longe e, em questão de pouquíssimos segundos, tem o “pressentimento” de que há algo errado. Quando os dois se sentam para conversar, ele conta que realmente está passando por problemas sérios. Como você sabia? O neurocientista David Eagleman, que dirige o Laboratório de Percepção e Ação do Baylor College of Medicine no Texas, traz uma explicação no livro “Incógnito – As Vidas Secretas do Cérebro”.Para entender, imagine outra situação: você e outras pessoas estão diante de uma mesa com quatro baralhos. 
Cada um precisa escolher uma carta a cada rodada – e o que aparecer nela pode significar perdas ou ganhos em dinheiro. Mas há um detalhe: dois desses baralhos têm mais cartas boas (ou seja, fazem você ganhar dinheiro) e dois têm mais cartas ruins. Quem escolhe o baralho é o próprio participante que está tirando a carta. Em todas as rodadas, enquanto toma a decisão, cada pessoa é interrogada sobre quais baralhos acredita serem bons ou ruins. Quanto tempo você acha que levaria para descobrir isso?
Um neurocientista chamado Antoine Bechara e alguns colegas fizeram um experimento exatamente assim em 1997 e descobriram que os participantes precisavam tirar, em média, 25 cartas para sacar quais baralhos eram bons ou ruins.
Mas havia um detalhe: eles também mediram, durante toda a tarefa, as reações elétricas da pele de cada participante – que seriam um reflexo da atividade do sistema nervoso autônomo, responsável pela reação de luta ou fuga, por exemplo. Assim, quando a pessoa se sentisseameaçada, isso seria indicado por esse medidor.
E foi isso que permitiu uma descoberta espantosa: o sistema nervoso autônomo conseguia decifrar a estatística dos baralhos bem antes que a consciência dos participantes: por volta da13ª carta. A essa altura, cada vez que um deles estendia a mão para pegar a carta de um baralho ruim, havia um pico de atividade elétrica em sua pele – em outras palavras, uma parte do seu cérebro lhes enviava um sinal de alerta, como que dizendo “Cuidado, cara! Esse baralho vai te fazer perder dinheiro!”.
Mas acontece que a mente consciente dessas pessoas ainda não era capaz de captar a mensagem claramente. Isso se manifestou, então, na forma de um “pressentimento”: elas começavam a escolher os baralhos bons antes mesmo de poderem explicar o porquê.
Esse pressentimento é necessário para fazermos boas escolhas. O experimento foi repetido com voluntários que tinham danos na área do cérebro responsável pela tomada de decisões – o córtex pré-frontal ventromedial. Descobriu-se que essas pessoas não eram capazes de formar aquele sinal elétrico de alerta na pele. Ou seja, seu cérebro não conseguia compreender as estatísticas tão rápido e, assim, não os advertia. Mas, mesmo quando sua mente consciente finalmente compreendeu quais eram os baralhos bons e ruins, eles continuaram a escolher as cartas dos montes errados. Se a sua consciência sabia o que fazer, mas mesmo assim eles não o faziam, isso indicaria que a atividade “escondida” do cérebro (que se manifesta nesse caso na forma do que chamamos de “pressentimentos”), é essencial para a tomada de decisões vantajosas.
Reconhecendo rostos
O resultado desses estudos condiz com uma descoberta posterior relacionada a pessoas consideradas prosopagnósicas – aquelas que são incapazes de reconhecer rostos. Fazendo essa medição dos impulsos elétricos de sua pele, pesquisadores concluíram que elas apresentavam uma atividade maior quando viam o rosto de uma pessoa que conheciam. Uma parte do seu cérebro ainda era capaz de distingui-los. O problema é que isso não chegava à sua mente consciente.
Voltando ao caso do primeiro parágrafo: o “pressentimento” que você teve em relação ao seu amigo pouquíssimos segundos após olhar para ele provavelmente tem uma explicação parecida. Antes que sua mente consciente sequer tomasse conhecimento de que ele estava ali, é possível que seu cérebro já tivesse analisado sua linguagem corporal e registrado sinais de que havia algo de errado com ele.
Isso ensina que: 1) Apesar de sua mente consciente (ou aquilo que você considera você) levar o crédito por tudo, ela sabe muito pouco das atividades todas que rolam na sua cabeça – no máximo, ouve sussurros dela. Mas isso não é um problema porque 2) graças a esses “pressentimentos”, podemos tomar decisões vantajosas mesmo sem estarmos conscientes da situação.
Quer tomar a decisão certa? Jogue uma moeda
Se a nossa mente consciente sabe tão pouco do mundo em comparação com o que está inconsciente, como podemos acessar as informações que não chegam até ela e tomar boas decisões?
O neurocientista David Eagleman dá a dica: pegue uma moeda, determine qual face equivale a qual decisão e vá no cara ou coroa. Não, não é que você vai decidir assim, pelo acaso. O truque é avaliar sua sensação depois que a moeda cair. Caso se sinta levemente aliviado com o resultado, essa é a decisão correta para você. Se, em vez disso, se irritar e achar isso ridículo, talvez devesse escolher a outra opção.

Fonte - Superinteressante

quarta-feira, 21 de março de 2012

Quem eram os povos que viviam aqui antes da chegada dos portugueses?







Enquanto o Velho Mundo vivia nas trevas da Baixa Idade Média, civilizações experimentavam no Brasil um florescimento cultural.Contemporâneos dos incas e dos maias, eram autores de uma arte sofisticada. Só agora a arqueologia começa a decifrar quem foram esses antigos habitantes da terra brasilis.

Se pudéssemos voltar no tempo e visitar a Amazônia de mil anos atrás, veríamos um mundo diferente. Não haveria a grande área desmatada e ocupada por pastagens e cultivos do sul e do sudeste da região, no atual Pará. Em trechos hoje cobertos por selvas densas, se destacariam sinais claros de ocupação humana: grandes aldeias ou mesmo cidades, cercadas de áreas de roças e de matas secundárias, ligadas umas às outras por largos e longos caminhos. Em alguns locais, centros cerimoniais desenhados por alinhamentos de pedra estariam dispostos em circulos. Em pontos distantes como a ilha de Marajó é do Acre, por exemplo, aterros artificiais eram espaços de moradia e rituais. E, no que é a Amazônia boliviana, poderíamos contemplar um labirinto de diques, barragens e canais distribuído por milhares de quilômetros quadrados.

Ao contrário da imagem corrente de que a Amazônia sempre foi indômita e escassamente ocupada, a maior floresta tropical do planeta estava, no ano 1000, repleta de sociedades indígenas. Algumas eram hierarquizadas, lideradas por chefes supremos, capazes de comandar um exército de guerreiros. Outras estavam resumidas a grupos pequenos e nômades de caçadores e coletores que usavam zarabatanas para matar macacos e outros animais. Acima de tudo, tais sociedades eram compostas de povos que falavam línguas variadas - mais diferentes entre si do que são hoje, por exemplo, o português e o russo.

Em alguns aspectos, a Amazônia do ano 1000 não era diferente da Europa naquele mesmo período. O francês Jacques Le Goff, um dos mais importantes historiadores da Idade Média, mostrou como seria possível identificar na Europa áreas de bosque entremeadas a pequenas cidades, algumas delas fortificadas, conectadas por redes de caminhos em que ocorria o comércio. Mas uma diferença entre a Amazônia e o Velho Mundo era que, devido à escassez de rochas, a matéria-prima para a construção na floresta sempre foi a terra. É por isso que sítios arqueológicos com aterros ou valas são tão comuns na região. Muitos deles se encontram ainda cobertos pelas matas que cresceram de novo após o início da colonização europeia, quando houve queda brusca na população nativa por causa da propagação de doenças, da guerra e da escravidão.

Uma jornada ao longo do rio Amazonas pode ser reveladora de como a população amazônica - talvez mais de 5 milhões de pessoas - desapareceu de forma abrupta: desde Macapá, perto da foz, até Tabatinga, na fronteira com a Colômbia e o Peru, no alto Solimões, despontam incontáveis sítios arqueológicos, alguns deles ocupados até o início do período colonial. Por outro lado, o número de terras indígenas nessas mesmas áreas é pequeno, com exceção da região do alto Solimões. A explicação é simples: a calha do Amazonas e do Solimões estava repleta de índios até o século 16, mas eles foram os primeiros a perecer com a colonização. Atualmente, as maiores terras indígenas no Brasil ficam longe da calha do Amazonas, em locais como o alto rio Negro, Roraima, Acre, Rondônia ou o alto Xingu.

Enquanto a europa vivia a Baixa Idade Média e lutava para reconquistar a península Ibérica dos árabes, os povos da Amazônia vivenciavam, nessa mesma época, profundo florescimento cultural. Alguns séculos antes de a Renascença surgir na Itália, cerâmicas com padrões gráficos sofisticados eram produzidas em Marajó e nas regiões de Manaus e Santarém - esta última, talvez, a cidade mais antiga do Brasil. A civilização marajoara protagonizou quase mil anos de história, tendo desaparecido antes da chegada dos europeus. Seu apogeu, no entanto, parece ter ocorrido ao redor do ano 1000. Esculturas de pedra eram esculpidas na foz do rio Trombetas, próximo da atual Oriximiná, onde havia também centros de produção de muiraquitãs, pequenas esculturas lapidadas em pedra polida em forma de animais ou seres humanos. No alto Xingu, grandes aldeias circulares eram cons-truídas com urbanismo igualmente sofisticado e inovador, assim como outras aldeias floresciam no Acre, marcadas com estruturas geométricas agora conhecidas como geoglifos.

A pesquisa em sítios arqueológicos é o caminho óbvio ao estudo dessas diferentes histórias de ocupação. No entanto, resistem no presente amazônico outras evidências, às vezes tão antigas quanto os próprios sítios, que também podem nos revelar dados sobre o passado. Um exemplo: as matas de castanhais abundantes. Quem já andou em um castanhal sabe que essa é uma jornada quase mística: as árvores são imensas e ultrapassam a altura média da copa da floresta, pilhas da casca da fruta da castanha (os ouriços) espalham-se pelo chão e animais como as cutias podem ser vistos correndo de um lado para outro. Uma castanheira demora décadas para crescer e começar a frutificar. Muitos castanhais têm centenas de anos de idade.

Sabemos hoje que a dispersão dessas árvores ocorreu a partir de um centro original no leste do Pará. E também sabemos que existem na natureza apenas dois animais que conseguem quebrar a casca do ouriço e dispersar sua castanha: a cutia e o Homo sapiens. Assim, é certo que a dispersão dos castanhais se deu por meio da atividade humana. Ao mesmo tempo, a baixíssima variabilidade genética entre castanheiras localizadas em pontos distintos da Amazônia, como se os espécimes tivessem sido clonados, sugere que o processo de dispersão foi recente e começou 2 mil anos atrás - em sincronia com o processo de florescimento cultural, indicado nos sítios. Ou seja, castanhais são não apenas produto da natureza mas também resultado concreto da presença humana ancestral na Amazônia.

Entre outros sinais visíveis de atividades antigas, talvez os mais conhecidos sejam as chamadas "terras pretas de índio", os melhores marcadores arqueológicos do surgimento de modos de vida sedentários no passado amazônico. Trata-se de solos muito férteis, de coloração escura, sobre e sob o qual normalmente se dispõem milhares de fragmentos cerâmicos. Podem ser espessos e chegar a mais de 2 metros de profundidade.

Devido a sua fertilidade, as áreas de terra preta são procuradas por agricultores contemporâneos, que reconhecem suas propriedades e sabem que existem ali melhores condições de cultivo.

Durante muito tempo, esses solos foram considerados "naturais" por cientistas. Apenas nos últimos 20 anos, graças às pesquisas pioneiras de Dirse Kern, do Museu Paraense Emilio Goeldi, demonstrou-se que os componentes químicos resultam de antigas atividades humanas. O fosfato, por exemplo, é oriundo dos ossos de animais ali depositados e dos fragmentos de carvão queimados à baixa temperatura. As terras pretas têm outra propriedade: são solos estáveis, capazes de manter por décadas ou séculos condições de alta fertilidade. Essa condição é uma anomalia em contextos equatoriais, onde, devido à ação das chuvas e da evaporação, os solos não conseguem preservar por muito tempo seus nutrientes.

É comum que solos tropicais sejam ácidos e pouco férteis. As terras pretas, por outro lado, têm pH quase neutro, são férteis e mantêm suas condições de fertilidade. Como explicar tal estabilidade? Não há ainda resposta satisfatória, mas a cada dia fica mais claro que a concentração de fragmentos de cerâmica sustenta uma estrutura física - uma espécie de "esqueleto" que contribui para que o solo se mantenha estável.

Arqueólogos aceitam sem grande problema a ideia de que a Amazônia foi densamente ocupada no passado e que as populações antigas da região deixaram sinais de seus modos de vida nos sítios arqueológicos e nas paisagens contemporâneas. No entanto, uma das questões mais importantes da arqueologia na Amazônia é tentar descobrir o tamanho da população que ocupou a região antes da chegada dos colonizadores portugueses e espanhóis, no século 16. Essa área de pesquisa é chamada de paleodemografia.

"são manchas escuras no meio da terra clara", escuto. Estou em São Paulo e, pelo telefone, analiso a descrição que meu aluno faz do sítio na cidade de Iranduba, perto de Manaus. "As manchas estão alinhadas e dispostas no solo como buracos de postes", continua ele. O jovem arqueó-logo Eduardo Kazuo Tamanaha, que coordena as escavações, imagina ver vestígios de uma casa. Desconfio: essas casas não poderiam ter a estrutura alinhada na forma como ele me descreve... Todavia, a descoberta é em si uma notícia maravilhosa. Esse é justamente um dos objetivos da etapa de escavação: identificar e escavar vestígios de supostas moradias no sítio arqueológico Laguinho, algo que nos ajudaria a ter uma ideia da população local mil anos atrás.

O sítio Laguinho sempre me impressionou. Nós já havíamos escavado ali em outras oportunidades, ao lado de outro orientando, Márcio Castro. É um sítio de 25 hectares sobre um barranco com mais de 30 metros de altura que despenca sobre dois lagos da várzea na margem esquerda do rio Solimões, no Amazonas. O lugar é lindo, e o melhor período para as escavações é o seco mês de julho. A descoberta de Tamanaha foi inspiradora. Em julho de 2009, fui a campo acompanhar os trabalhos. Reuniam-se ali mais de 30 estudantes do Brasil e do exterior, distri-buídos em diferentes partes do sítio. Laguinho é tão grande e complexo que certamente voltaremos muitas vezes para lá. Seu perímetro está atualmente recoberto por uma plantação de mamão, além de pomares e áreas de mata. O lugar é como um mirante, de onde se veem o Solimões e seus baixios alagados. As várzeas de um rio de águas brancas como esse são ricas em peixes, pássaros e répteis.
Os habitantes de Laguinho se aproveitavam dessa fartura de recursos, agora visível nos ossos de animais achados nas escavações.

Estar no alto do sítio Laguinho sempre me inspira a visualizar o passado. A imaginação voa longe. Na época de sua ocupação, os lagos que o cercam estavam todo o tempo cheios de canoas, com pessoas partindo ou chegando de suas roças ou de visita a outras aldeias na região. Nos caminhos que levavam da beira dos lagos ao alto do morro onde fica o sítio, homens e mulheres subiam e desciam carregando peixes, cestos com frutas - o açaí já era extraído - e animais caçados. Na parte alta, crianças corriam de um lado para outro, sujando seus pés na terra preta do chão.

Vestígios indicam que o sítio foi ocupado por pelo menos três povos, em intervalos distintos, do ano 400 ao 1300. A parte mais densa, a extremidade sul, fica em uma península: ali ainda há muitos fragmentos de cerâmica, visíveis até na superfície. E vários aterros artificiais, que chegam a quase 3 metros de altura, os quais serviam de base para a construção de malocas onde viviam famílias. Em 2006 e 2007, nós já havíamos estudado essas partes do sítio e, em 2009, decidimos escavar a área ao norte do istmo, onde a concentração de cerâmica é menor. O objetivo era entender o tamanho das casas para ter uma ideia do tamanho da população dessa pequena cidade. Foi quando Tamanaha encontrou a paliçada defensiva que me fez lembrar as cidades fortificadas da Europa.

Com a descoberta do alinhamento de manchas de buracos de postes no sítio Laguinho, parecia que, finalmente, identificaríamos sinais de casas ocupadas na periferia da cidade. Isso demonstraria certa estratificação social entre os ocupantes do sítio. Nas semanas subsequentes, continuamos a escavação e verificamos que o alinhamento era maior do que pensávamos: ao fim dos trabalhos, ele tinha mais de 40 metros de comprimento e atravessava um istmo que conecta a área central do sítio, que está numa península, à terra firme. Ou seja, o alinhamento não era de uma casa, mas sim de uma paliçada defensiva, uma cerca de madeira que fechava e protegia a área central da antiga aldeia. Como sempre ocorre na arqueologia, procurávamos uma coisa e encontramos outra, diferente.


Os dados obtidos no sítio Laguinho, por sua vez, devem ser combinados com os obtidos nos mais de 100 sítios já identificados pelo Projeto Amazônia Central, coordenado por mim, para que possamos esboçar um quadro paleodemográfico mais elaborado da região. Eles indicam, conforme a escavação de vestígios de paliçadas similares de outros sítios, que a época do ano 1000 foi marcada por conflitos nessa área.

da amazônia central ao oceano Atlântico, perto do qual se localizam importantes centros cerimoniais - caso do Rego Grande, no Amapá -, erigidos centenas de anos antes da catedral de Notre-Dame, em Paris, o rio Amazonas se transforma em uma via fluvial altamente ocupada.

Ao longo da desembocadura do rio Tapajós, ao redor do ano 1000, no mesmo local em que hoje está Santarém, havia talvez outra cidade, parcialmente destruída pelo próprio crescimento de sua equivalente moderna. Se pensarmos sob esse aspecto, Santarém é a cidade mais antiga do Brasil e talvez a única cujas origens remontam a nossa história pré-colonial. Nesse sentido, ela se junta à companhia ilustre de Cusco, no Peru, antiga capital do Império Inca, ou da Cidade do México, erguida sobre a Tenochtitlán dos astecas. As semelhanças com essas duas cidades, no entanto, dizem respeito a suas histórias: Cusco e Tenochtitlán eram capitais de impérios ou Estados centralizados que abrigavam a nobreza, os sacerdotes e uma burocracia organizada.

Esse não foi o caso de Santarém. Até o momento, não se identificaram ali, ou em qualquer outro lugar da Amazônia, estruturas que indicassem algum grau de centralização política ou desigualdade social compatíveis com Estados ou impérios. Mesmo assim, a arqueologia de Santarém mostra um registro bem diferente que a hipótese de limitações ecológicas nos levaria a supor: as populações que ali viviam, conhecidas como tapajônicas, permaneceram séculos 
no mesmo local. Eram, portanto, sedentárias.

Embora em estilo diferente, os tapajônicos produziram cerâmicas tão sofisticadas quanto as marajoaras. Nessa mesma região, na margem oposta do rio Amazonas, próximo às cidades de Óbidos e Oriximiná, perto da foz do rio Trombetas, há sítios onde se encontraram cerâmicas parecidas, embora não idênticas, às tapajônicas. Esses sítios são, também, ricos em outros achados: raríssimas estatuetas de pedra polida, de até 50 centímetros de altura, com representações de seres humanos e animais, sugerindo algum tipo de transe xamânico. Restam poucas estatuetas desse tipo conhecidas. Algumas estão em museus brasileiros, como o Emilio Goeldi, em Belém, o Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro e o de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. A maior coleção, ou talvez a mais bela, está longe do Brasil, embora muito bem guardada - no Museu das Culturas do Mundo de Gotemburgo, na Suécia. Foram coletadas e enviadas para lá na década de 1920 pelo etnólogo alemão Curt Nimuendajú.

As estatuetas da região de Oriximiná, além de sua beleza, têm outro atributo intrigante: a forte semelhança com as estruturas megalíticas encontradas na região de San Augustín, nos Andes colombianos. San Augustín fica a milhares de quilômetros de Oriximiná, embora se encontre tecnicamente próximo às cabeceiras do rio Caquetá, um afluente do rio Solimões. As estátuas de San Augustín são grandes, podem ter 2 metros de altura. Como explicar tais semelhanças, uma vez que nada parecido foi encontrado ao longo dos rios Caquetá, Solimões e Amazonas?

Até o momento, o tema não foi estudado com cuidado. As semelhanças indicam uma possibilidade interessante: o fato de que, nos últimos séculos anteriores à colonização europeia, ocorria intensa circulação de ideias, pessoas e bens atravessando fronteiras culturais, políticas e étnicas pela América do Sul. As semelhanças na iconografia de objetos produzidos em locais tão distantes poderiam ser entendidas com base nessa hipótese. Fora da Amazônia, no sul do Brasil, 
é sabido que aventureiros portugueses, como Aleixo Garcia, ainda no século 16, acompanharam índios guaranis em ataques a guarnições incaicas no distante território da atual Bolívia.

É também na região de Santarém que se encontraram o que talvez sejam as cerâmicas mais antigas das Américas, nos sítios de Taperinha e da Caverna da Pedra Pintada, com datas que podem chegar a 6000 a.C., mais antigas que as encontradas na foz do Amazonas. Tradicionalmente, arqueólogos correlacionam o início da produção cerâmica com o advento da agricultura. Na América do Sul, tal correlação não é tão simples: na Amazônia e em outras partes, parece claro que o início da domesticação de plantas antecedeu o início da produção de cerâmica. Em Caral, o centro cerimonial mais antigo das Américas, no litoral do Peru, construído cerca de 5,5 mil anos atrás, dispõe-se uma série de estruturas monumentais de pedra - evidências de agricultura no vale do rio Supe, próximo do qual está o sítio -, mas não há cerâmica associada.


Até hoje é difícil plantar na Amazônia. Quando se pensa na agricultura pré-colombiana, é comum que se esqueça de um aspecto tecnológico fundamental: não havia instrumentos de metal para a derrubada de áreas de cultivo. Todo o trabalho de derrubada, limpeza, preparação e cultivo era feito com objetos de pedra lascada ou polida, madeira, mãos e fogo.

Estudos comparativos realizados por antropólogos mostram que o investimento de tempo na derrubada de árvores com machados de pedra é muito superior ao feito com machados de metal. Assim, faz sentido pensar que os assentamentos indígenas da Amazônia pré-colonial eram estáveis e sedentários. Os dados do Projeto Amazônia Central corroboram essa hipótese. Datações por carbono 14 realizadas em escavações de diferentes sítios mostram que alguns foram ocupados por séculos, aparentemente de maneira contínua. Nada, portanto, mais distante da imagem de que tais sítios teriam sido ocupados por populações nômades com grande mobilidade.

Os povos antigos da Amazônia tinham consciência da alta fertilidade dos solos de terra preta. Todavia, em muitos sítios arqueológicos tais solos estão associados apenas a áreas de habitação, não de cultivo. Isso quer dizer que, em vários contextos, as terras pretas não eram utilizadas na agricultura, pelo menos não na intensiva. Se esses solos eram férteis, mas não aparentemente usados na agricultura, como 
explicar sua formação e posterior uso?

Talvez a melhor hipótese seja a de que as terras pretas se constituíram como consequência de um processo de mudança que teve a ver com o estabelecimento da vida sedentária na bacia Amazônica. Tal processo ocorreu, ao longo da calha do Amazonas, há cerca de 2 mil anos, que é a idade dos sítios com terras pretas mais antigas nessa área. No entanto, há locais da Amazônia onde elas são ainda mais velhas, como a bacia do alto Madeira, em Rondônia. Nessa região, o pesquisador Eurico Miller escavou depósitos de terras pretas, datados em 4,5 mil anos, associados a camadas arqueológicas com abundantes vestígios de lâminas de machado de pedra polida. A presença das lâminas indica aumento na derrubada de árvores e abertura de clareiras, isto é, ações de manejo mais intensas da floresta.

A associação desse tipo de artefato com a formação de terras pretas mostra que nessa época ocorreu ali um processo de sedentarização que depois se espalhou por outras áreas da Amazônia. É possível que não seja coincidência que a bacia do alto Madeira tenha sido também a área de domesticação de plantas economicamente importantes, como a mandioca e a pupunha, bem como o centro de origem e dispersão dos grupos falantes de línguas da família tupi-guarani, dentre os quais os tupinambás e os guaranis que ocupavam o litoral atlântico e o sul do país na época do início da colonização europeia.

Se as terras pretas não foram intensamente cultivadas, temos então um paradoxo interessante, que diz respeito às visões construídas pela ciência e pelo senso comum ao longo dos anos acerca da Floresta Amazônica e de seus povos. Tais visões são baseadas em perspectivas de escassez: na Amazônia ancestral, a ausência do Estado, da agricultura e da centralização política foi interpretada por muitos arqueólogos como indicador de uma história incompleta - como se as sociedades indígenas da Amazônia fossem intelectualmente incapazes se comparadas a outras sul-americanas, como aquelas que, por exemplo, ocuparam os Andes centrais. No entanto, o rico legado artístico que essas sociedades nos deixaram, visíveis nos artefatos que produziram, mostra que essa perspectiva está errada.

Uma herança ainda mais rica pode ser apreciada no estudo de suas práticas de vida milenares, estáveis e bem adaptadas às condições ecológicas complexas da Amazônia. Nossa sociedade, apesar dos avanços tecnológicos admiráveis que tem alcançado, não descobriu ainda uma fórmula que reproduza, com o mesmo sucesso, certas formas sofisticadas de conhecimento, hoje enterradas nos sítios arqueológicos da região.

As terras pretas ocultam um tesouro de informações sobre os modos de vida ancestrais, além de outros sinais mais sutis do processo de ocupação dos sítios. Para entender esses sinais, serão necessários ainda muitos anos de pesquisas na Amazônia. Rios inteiros, como o Juruá, mal foram estudados. À medida que as pesquisas avancem, novas surpresas sobre o passado surgirão. Porém, apesar do ritmo lento com que trabalham em campo, escavando sepultamentos ao longo de dias sob o sol escaldante dos trópicos, arqueólogos na Amazônia apostam agora uma corrida contra o tempo: a velocidade frenética de ocupação da região coloca pressão sobre o patrimônio arqueológico. A ocupação desenfreada da Amazônia pode destruir não só o seu futuro mas também o seu passado.

Revista National Geographic Brasil

Imaginando o futuro em 1954

Video produzido pela GE em 1954 sobre como seria a tecnologia do futuro.






Fim do mundo Maia já teria passado, de acordo com pesquisadores

Os Maias não tinham anos bissextos e, se contarmos esses dias extras, já 
estaríamos no dia 28 de julho de 2013. 






Você acredita no fim do mundo Maia? Imagens que estão rolando nas redes 
sociais e na web dizem que, como os Maias não contavam anos bissextos, já 
estaríamos no dia 23 de julho de 2013, de acordo com o calendário daquela 
civilização. Ou seja, essa nova teoria aponta que o dia do fim do mundo já 
é passado. 


De acordo com as imagens, os Maias não consideravam o dia extra a cada 4 
anos por não conhecer as diferenças entre as órbitas dos planetas, e, por 
isso, não haveria necessidade de um ano com 366 dias. 
Imagem que circula na internet.




Em tradução livre: Existiram 514 anos bissextos 
desde que Cesar os criou, em 45 a.C. Sem o dia extra a cada 4 anos, hoje 
seria o dia 28 de julho de 2013. O calendário Maia não contava os anos 
bissextos. Então, tecnicamente, o mundo deveria ter acabado há 7 meses.) 
Porém, pesquisadores da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) 
dizem que, ao contrário do que tenta contestar a teoria, os Maias tinham 
anos diferentes, como os de norte, sul, leste e oeste. 
Para eles, não se tratava de um ano bissexto, pois o termo era desconhecido 
e, na prática, a civilização ajustava os horários em um novo dia, de quatro 
em quatro anos. 


De acordo com a UNAM, o dia 21 de dezembro de 2012 marcará, sim, o inicio 
de uma nova era. Mas, e o tal "fim do mundo"? 


Bom, segundo o Instituto Nacional de Antropologia e História (Inah), na 
verdade, "os Maias nunca disseram que haveria uma grande tragédia ou o fim 
do mundo em 2012. Essa visão apocalíptica é algo nosso, dos ocidentais". 
Laura Castellanos, jornalista e autora do livro "Las Profecias del Fin del 
Mundo", explica à BBC que esse papo de fim do mundo é uma "onda milenarista 
que antecipa catástrofes ou outros acontecimentos cada vez que se completam 
dez séculos". Ela diz que isso tudo é reforçado por uma "crise ideológica, 
religiosa e social". 


E, ao que parece, esse tal de fim do mundo pode dar dinheiro. Já há 
empresas que oferecem bunkers no México, para que as pessoas se protejam 
das catástrofes. 


O governo mexicano até lançou campanhas para o estimulo do turismo no 
sudeste do país, região rica em sítios arqueológicos dos Maias. 


Fonte: Olhar Digital

Fantasma atemoriza uma cidade na província de Buenos Aires

As imagens foram feitas por câmeras de segurança instaladas no Município de Rivadavia, uma cidade na província de Buenos Aires. 


Segundo os operadores do centro de segurança, minutos antes de gravarem as 
imagens na esquina de Rivadavia e Maipu, na terça-feira 10, houve um corte 
de luz e minutos mais tarde se vê uma espécie de silhueta que se 
movimenta rapidamente na frente das câmeras.

A operadora pensou que fosse um efeito visual, mas rebobinou a fita e 
percebeu que o que viu era verdade: "não podia acreditar, eu pensei que eu 
tinha imaginado algo, porque eu estava cansada, mas não, eu vi as imagens 
novamente e fiquei surpresa ", disse. 


A cidade esta em polvorosa e várias hipóteses foram consideradas. Agora 
você tem a última palavra. 


Fonte: 26 notícias

Cientistas identificam espécie humana completamente nova na China

Sua árvore genealógica acabou de crescer. Cientistas analisaram fósseis encontrados na China, e verificaram que ele é de uma espécie humana como nunca antes identificado. Dê um oi para seu parente longínquo.
O crânio acima, descoberto em 1979 na província de Guangxi, na China, só agora foi completamente analisado (ninguém explicou por que tanta demora). Segundo os cientistas, ele tem ossos espessos, arcos supraciliares – as saliências acima dos olhos – bastante proeminentes, um rosto bem curto e reto, e não há o queixo geralmente encontrado em humanos. “Em suma, ele é anatomicamente único entre todos os membros da árvore evolucionária humana”, explica o pesquisador Darren Curnoe à New Scientist.
E mais: apesar das grandes diferenças, a espécie recém-descoberta agia de muitas formas como outros humanos. Há evidências de que eles cozinhavam cervos em cavernas, por exemplo, o que os separa dos macacos. A descoberta foi documentada em artigo no PLoS One.
Os detalhes mais específicos de como a nova espécie entra em nossa árvore genealógica são mais incertos. Uma teoria diz que esta era uma nova linha evolucionária que seguiu paralelamente à nossa espécie, assim como os neandertais. Outra teoria sugere que eles poderiam ser descendentes do hominídeo de Denisova, que habitava a Sibéria. Testes de DNA devem ajudar a resolver este problema, e revelar se este parente é próximo ou distante. [PLoS One e New Scientist; foto por Darren Curnoe]

domingo, 18 de março de 2012

“Indiana Jones da arqueologia bíblica” expõe em museu a maior coleção de artefatos bíblicos do mundo







Um colecionador considerado “o Indiana Jones da arqueologia bíblica” ajudou 
a acumular a maior coleção privada do mundo de textos bíblicos e artefatos, 
que estão em uma turnê mundial e serão expostas no museu não-sectário (sem 
posição religiosa) da Bíblia 


Saiba mais em - http://biblia.gospelmais.com.br.
 
O arqueólogo Scott Carroll pessoalmente inspecionou, estudou e comprou 
quase 50.000 papiros bíblicos antigos, textos e artefatos desde novembro de 
2009, quando foi contratado pela Coleção verde, um grupo comercial de 
produtos artesanais. 
Entre os destaques da coleção está uma das maiores coleções particulares de 
manuscritos do Mar Morto: 4.000 torás judeus, raros manuscritos iluminados, 
tratos antigos e bíblias pertencentes a Martin Luther  e a maior coleção do 
hemisfério ocidental de tabuletas cuneiformes, uma forma primitiva 
de escrita. 
Este mês, a Coleção Verde estará mostrando a sua exposição ao Vaticano, com 
152 artefatos exibidos contextualmente em configurações que vão desde 
recriações das cavernas de Qumran, onde manuscritos do Mar Morto foram 
descobertos  até a escavação de uma cidade romana. 
“Algumas pessoas, quando pensam na Bíblia, acham que é um livro 
divisionário. Mas, na verdade, é um tipo de base que unifica os judeus, 
católicos, ortodoxos e protestantes em terreno comum”, disse Carroll, que 
detém um mestrado em história da igreja pela universidade Trinity 
Evangelical Divinity, em Illinois, Estados Unidos. ”Parecia-me que ter uma 
exposição que celebra essas coisas que eles têm em comum, ao invés de as 
coisas que os dividem, seria extremamente positivo.” 
A coleção está crescendo, mas ele ainda não encontrou um local permanente , 
e os planos são de construir um museu onde serão exibidos gratuitamente 
para o público e ajudar as pessoas a aprender e serem inspiradas pela 
história da Bíblia. 
Fonte: Gospel+ 

Livro polêmico diz que europeus colonizaram América antes de indígenas

Um livro escrito por dois arqueólogos americanos gerou controvérsia na 
comunidade científica ao defender que os europeus, e não povos provenientes 
da Ásia, foram os primeiros colonizadores do continente americano. 
O livro, lançado recentemente em Washington, aponta novas descobertas 
arqueológicas, indicando que a América foi colonizada inicialmente por 
europeus da Idade da Pedra, que cruzaram o Atlântico de barco durante a 
última Era Glacial, há cerca de 20 mil anos. 
Com *Across Atlantic Ice: The Origin of America’s Clovis Culture *(Pelo 
gelo do Atlântico: a origem da cultura Clóvis da América, em tradução 
livre), Dennis Stanford, do Museu Nacional Smithsonian de História Natural, 
em Washington, e Bruce Bradley, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, 
deram início a uma polêmica entre seus colegas arqueólogos. 
É que eles defendem uma teoria considerada radical sobre quem foram os 
primeiros americanos e quando estes chegaram ao Novo Mundo. 
*Across Atlantic Ice* traça as origens dos solutrenses, que ocuparam o 
norte da Espanha e França, e de seus supostos descendentes da cultura 
Clóvis - surgida no final da Era do Gelo e assim batizada por conta dos 
artefatos encontrados perto da cidade de Clóvis, no Novo México (EUA). O 
povo da cultura Clóvis era considerado o mais antigo habitante das 
Américas, com cerca de 13 mil anos. 
"O livro é bem pesquisado, interdisciplinar e sério. Mas os dados 
científicos concretos ainda não estão lá para provar ou refutar a teoria", 
disse à BBC Brasil Tom Dillehay, renomado arqueólogo da Universidade 
Vanderbilt, no Tennessee. 
"Estamos pesquisando teorias para explicar o povoamento das Américas. Esta 
hipótese é uma das possibilidades, mas os dados genéticos e 
bioarqueológicos atuais assinalam que a Sibéria, e não a Europa, foi o 
ponto de entrada." 
Ferramentas 
 Há vários anos Stanford e Bradley têm afirmado que os seres humanos da 
Idade da Pedra eram capazes de fazer a viagem através do gelo do Atlântico. 
Mas ainda não contavam com provas suficientes que apoiassem tais indícios. 
Agora, no entanto, eles dizem ter indícios que sustentam a teoria. 
Dezenas de ferramentas de pedra em estilo europeu, que remontam a um 
período entre 19 mil e 26 mil anos atrás, foram descobertas em seis locais 
diferentes ao longo da costa leste dos Estados Unidos. 
Três deles estão localizados na Península Delmarva, em Maryland. Outros 
dois foram encontrados na Pensilvânia e em Virgínia. Pescadores acharam o 
último no fundo do mar, a 96 km da costa de Virgínia. 
De acordo com a dupla, a completa ausência de qualquer atividade humana no 
nordeste da Sibéria e no Alasca, num período anterior a 15,5 mil anos 
atrás, é outro argumento fundamental para a teoria deles. 
Também defendem que os europeus podem ter sido parcialmente absorvidos ou 
destruídos pelos índios asiáticos originários. 
Além disso, alguns marcadores genéticos para a Idade da Pedra dos europeus 
ocidentais simplesmente não existem no nordeste da Ásia. 
Mas já aparecem em pequenas quantidades entre alguns indígenas 
norte-americanos, o que indicaria uma herança genética desses primeiros 
habitantes. 
Também alguns exames de DNA antigo extraído de esqueletos com 8 mil anos na 
Flórida revelaram um alto nível de um marcador genético europeu. 
Mas há especialistas que discordam deles. 
"Os argumentos do livro merecem ser completamente e conscientemente 
analisados", afirmou Gary Haynes, arqueólogo da Universidade de Nevada. 
"Tenho certeza de que existem muitas pessoas do público em geral e 
arqueólogos que aceitarão as teorias, mas não estou convencido." 
Haynes disse sentir-se eticamente obrigado a ser cético. De acordo com ele, 
"as teorias são apenas parcialmente sustentáveis com os indícios 
disponíveis. 
Alguns dos argumentos não são lógicos, não foram analisados, ou se baseiam 
em pressupostos não comprovados e proposições". 
DNA 
Haynes enumera uma série de fatores que refutam a teoria defendida no 
livro. Entre eles, destaca que o DNA encontrado em populações nativas 
americanas não indica uma origem na Europa Ocidental, mas uma ascendência 
asiática. 
O mesmo, de acordo com ele, pode ser dito com relação ao material genético 
encontrado - tanto nos antigos quanto nos modernos - esqueletos dos nativos 
americanos. 
Além disso, não há esqueletos humanos nas Américas mais velhos do que os da 
cultura Clóvis; as idades da cultura Solutrense na Europa e da Clóvis nas 
Américas são amplamente separadas. 
O arqueólogo brasileiro Walter Alves Neves, responsável pelo estudo de 
Luzia, o esqueleto humano mais antigo do continente americano, não quis 
emitir opinião sobre o livro. 
Questionado pela BBC Brasil sobre a nova teoria de Bradley e Stanford, 
afirmando que os europeus foram os primeiros moradores do Novo Mundo, ele 
disse desconhecer a hipótese publicada recentemente nos Estados Unidos. 
Bradley, por sua vez, considera positivas as críticas a sua teoria. Esse é 
o caminho natural, diz ele, com a colaboração dos críticos trazendo provas 
adicionais ou interpretando os indícios atuais. 
Segundo Bradley, a arqueologia raramente produz certezas. "Sentimos que as 
descobertas atuais são muito atraentes, mas para esta teoria ganhar 
aceitação esmagadora é preciso haver provas adicionais", disse. 
O livro é resultado de mais de uma década de trabalho. Stanford e Bradley 
afirmam que estão apenas no início da jornada e seguem investigando outros 
locais no Tennessee, em Maryland e no Texas, onde esperam encontrar mais 
provas que sustentem a teoria. Também estão programadas pesquisas no Maine 
e na costa oeste americana. 
Mas é possível que a maior quantidade de indícios venha do fundo do oceano 
- nas áreas onde os europeus teriam saído do gelo para a terra seca, 
atualmente cerca de 160 km abaixo do nível do mar. 
Em meados deste ano, Bradley estará em São Paulo e, possivelmente, no 
Uruguai, para pesquisar indícios de povos primitivos ao longo do lado 
oriental do continente. 


Fonte: BBC