Os Maias não tinham anos bissextos e, se contarmos esses dias extras, já
estaríamos no dia 28 de julho de 2013.
Você acredita no fim do mundo Maia? Imagens que estão rolando nas redes
sociais e na web dizem que, como os Maias não contavam anos bissextos, já
estaríamos no dia 23 de julho de 2013, de acordo com o calendário daquela
civilização. Ou seja, essa nova teoria aponta que o dia do fim do mundo já
é passado.
De acordo com as imagens, os Maias não consideravam o dia extra a cada 4
anos por não conhecer as diferenças entre as órbitas dos planetas, e, por
isso, não haveria necessidade de um ano com 366 dias.
Imagem que circula na internet.
Em tradução livre: Existiram 514 anos bissextos
desde que Cesar os criou, em 45 a.C. Sem o dia extra a cada 4 anos, hoje
seria o dia 28 de julho de 2013. O calendário Maia não contava os anos
bissextos. Então, tecnicamente, o mundo deveria ter acabado há 7 meses.)
Porém, pesquisadores da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM)
dizem que, ao contrário do que tenta contestar a teoria, os Maias tinham
anos diferentes, como os de norte, sul, leste e oeste.
Para eles, não se tratava de um ano bissexto, pois o termo era desconhecido
e, na prática, a civilização ajustava os horários em um novo dia, de quatro
em quatro anos.
De acordo com a UNAM, o dia 21 de dezembro de 2012 marcará, sim, o inicio
de uma nova era. Mas, e o tal "fim do mundo"?
Bom, segundo o Instituto Nacional de Antropologia e História (Inah), na
verdade, "os Maias nunca disseram que haveria uma grande tragédia ou o fim
do mundo em 2012. Essa visão apocalíptica é algo nosso, dos ocidentais".
Laura Castellanos, jornalista e autora do livro "Las Profecias del Fin del
Mundo", explica à BBC que esse papo de fim do mundo é uma "onda milenarista
que antecipa catástrofes ou outros acontecimentos cada vez que se completam
dez séculos". Ela diz que isso tudo é reforçado por uma "crise ideológica,
religiosa e social".
E, ao que parece, esse tal de fim do mundo pode dar dinheiro. Já há
empresas que oferecem bunkers no México, para que as pessoas se protejam
das catástrofes.
O governo mexicano até lançou campanhas para o estimulo do turismo no
sudeste do país, região rica em sítios arqueológicos dos Maias.
Fonte: Olhar Digital
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